Quando você conhece Jyotika Jhalani, fundadora e diretora criativa da Janavi India, o que mais impressiona é a maneira como ela fala sobre a cor—não como um elemento abstrato, mas como algo vivo. Algo que tem memória, significado e força. Desde o esplendor ornamental da Índia, onde ela nasceu, até o minimalismo refinado de Milão ou a vibração expressiva da África, a cor a acompanhou, a guiou e, por fim, definiu a sua atividade profissional.
Jyotika não é designer por formação, mas seus instintos e percepções a colocaram no ponto de encontro entre a alta-costura artesanal e a sua liderança em termos de cores. Ao longo dos anos, ela orientou com sua mentoria um grupo de artesãos—bordadores, tingidores, designers de aplicação de contas, pintores—e juntos, realizaram a produção de encomendas personalizadas que mesclam a história de tatilidade do trabalho manual, com as sensibilidades artísticas contemporâneas.
“Eu sempre fui atraída pela beleza das coisas.” diz ela. “Minha família, minhas viagens, as pessoas que tive a sorte de conhecer—designers, artistas, pensadores—todos eles moldaram a maneira como eu vejo o mundo.”
Suas colaborações com a Pantone refletem essa perspectiva. Seja envolvendo a criação de uma galeria de produtos inspirada na Pantone Cor do Ano 2025, o PANTONE 17-1230 Mocha Mousse ou criando uma cápsula de 18 técnicas com Bibhu Mohapatra em apenas oito semanas, ela dá vida à capacidade plena da narrativa da cor.
Uma Perspectiva Global a Partir do Artesanal
Embora a referência nativa de Jyotika seja a Índia, seu trabalho é profundamente internacional. Ela se inspira nas ricas tradições de bordado de sua cultura, mas faz uma mescla da técnica artesã com a impressão digital, faz a manipulação de superfícies com camadas fotográficas. Ela é, essencialmente, uma tradutora—transitando entre o antigo e o novo, entre o global e o local.
Ela geralmente começa com um sentimento, uma frase, uma textura. Em torno disso, ela constrói a cor.
“A cor vem sempre em primeiro lugar. Ela me fala qual técnica usar,
qual material tocar.”
— Jyotika Jhalani
Criando Cor: O Processo
O processo de criação de cor de Jyotika começa no Pantone Connect. Ela faz upload de fotografias, materiais de referência e esboços—criando um mood board digital para construir uma ressonância emocional. A partir dessas imagens, ela extrai paletas de cores, ajustando tons até que correspondam à sua visão. Ela expande a paleta, dá nomes às cores e as salva. “Mas, aí eu preciso ver as cores na vida real,” ela diz. “O digital não é suficiente.”
Para trabalhos têxteis, ela consulta o TCX Color Passport—chips de algodão que mostram como os corantes se comportam em materiais absorventes diversos. Para trabalhos de superfície, como paetês ou tintas, ela prefere as guias TPG ou o Paper Traveler. “Eu gosto da forma como eles são organizados,” ela observa. “Isso me ajuda a ver cores adjacentes e alternativas. Às vezes, isso me leva a algo melhor.”
Uma vez satisfeita, ela insere os chips físicos no seu mood board criativo e atualiza a paleta digital no Pantone Connect. Isso permite que ela compartilhe as decisões com sua equipe instantaneamente—estejam eles do outro lado da mesa ou em continentes distantes. Todo o seu ateliê faz referência às mesmas guias e produtos em chips, garantindo precisão e consistência.
Colaboração em Grande Escala
A reputação de Jyotika pela fidelidade das suas cores é bem-merecida.
“Somos conhecidos por acertar a cor, sempre. Mesmo em diferentes pedidos, diferentes técnicas, conseguimos uma correspondência perfeita. E isso acontece graças à Pantone.”
— Jyotika Jhalani
Quando ela colaborou com Bibhu Mohapatra e a Pantone em uma cápsula da Janavi, ela teve apenas de seis a oito semanas para conceituar, criar protótipos e produzir uma coleção usando 18 técnicas exclusivas. A Pantone foi o fio condutor. Bibhu estava em Nova York e Jyotika estava viajando. “Sem a Pantone, isso não teria sido possível,” ela compartilha. Mas essa cápsula foi ainda mais profunda. Aproximadamente 18 técnicas diferentes foram empregadas ao longo da coleção, variando desde bordados e trabalhos de aplicação de contas até pinturas manuais e outros tratamentos de superfície. Bibhu desenhou os xales e deu instruções sobre como a cor deveria ser usada, mas a responsável por executar grande parte de todo espectro de cores ao longo da coleção, foi Jyotika. Ela garantiu que todos os 175 tons da paleta Pantone Dualities fossem usados de forma cuidadosa—considerando como as cores apareciam lado a lado ou ao longo de cada look.

A luz e a sombra se projetavam sobre as superfícies; os materiais mudavam sob os seus pés. O espaço não apenas exibia o design—ele convidava os visitantes a interagir com ele.

A partir daí, ela expandiu a história—criando múltiplas interpretações do mesmo conceito: versões serigrafadas, iterações pintadas à mão, xales adornados com diferentes densidades de contas e cristais, com ou sem franjas. A base de alta-costura deu lugar a um ecossistema criativo mais amplo.
Para o lançamento do PANTONE 17-1230 Mocha Mousse em Nova York, Jyotika criou uma pequena cápsula da coleção para interiores que explorava a cor em diversos formatos—de lenços longos o suficiente para se transformarem em sáris, em almofadas, mantas e acessórios flexíveis. O PANTONE 17-1230 Mocha Mousse foi produzido em lã merino, em seda, mesclas de lã e caxemira e até em versões delicadas, bordadas com cristais.

Mais do que uma execução técnica, a mensagem era rica em conceitos. Ela fez a curadoria não apenas de objetos, mas de experiências: xales indulgentes, salpicados de cristais, que pareciam indicados para momentos luxuosos e privados e cobertores de caxemira aconchegantes com a frase “me moments” bordada diretamente sobre eles. Seu trabalho incorporou a ideia de que a cor pode expressar uma emoção—seja por meio de um xale envolvente ou uma noite tranquila em casa.
Tudo culminou numa exposição na loja Simone em Mumbai, onde ela assumiu a boutique e a transformou em uma expressão viva do PANTONE 17-1230 Mocha Mousse—com espaços estilizados para encontros para o chá, para coquetéis ou momentos introspectivos sozinhos. Foi uma homenagem à flexibilidade e à amplitude emocional de uma única cor, se fazendo visível.


A Beleza da Cor
Para Jyotika, a Pantone não é apenas criativa—é operacional. “Ela reduz desperdícios, acelera o desenvolvimento e nos oferece precisão,” ela explica. “Isso é crucial quando você está tingindo vários lotes ou prospectando materiais em diferentes regiões do planeta.”
“A eficiência também é criatividade. Porque ela me dá mais espaço para experimentar.”
— Jyotika Jhalani

Cor como Ritual
Talvez o que mais impacta é a maneira como Jyotika vê a cor como um tipo de ritual. Uma prática de atenção. Uma relação. “A cor é emocional,” ela diz. “É pessoal. Mas também é uma linguagem. E ferramentas como a Pantone me ajudam a falar essa linguagem fluentemente—não importa onde eu esteja ou com quem eu esteja trabalhando.”
Ela sorri. “No final, ainda é uma conversa entre o artesanal e o tom da cor.”
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